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16 de janeiro de 2018

A essência da prática do bem e as contradições do dia a dia

  
  Nas religiões é muito ensinado e apregoado o bem e a fraternidade em nome de um exercício genuíno de amor que um indivíduo deve ter para com o seu próximo. Aliás, trata-se de um mandamento cristão. No entanto, na pratica o que observo é que as palavras, hora proferidas, não condizem com as práticas de muitos. O bem ao próximo passou a ter, a meu ver, várias conotações, menos a de bem. Bem é fazer um ato de generosidade pelo fazer e não com o intuito de se ter algo em troca. O que vejo atualmente é um oportunismo exacerbado. Muitos dizem em altos brados: Façam o bem e na prática o fazem visando algum interesse, ou seja, o fazem em nome de conveniências. Isto foge a todo preceito que traduz a essência do verdadeiro bem, feito com desprendimento, sem querer nada em troca, fazendo o bem com uma mão, sem olhar a outra. Estender as mãos ao próximo é fundamental. O dia em que todos tiverem consciência da importância de se fazer o bem e o fizerem verdadeiramente estaremos construindo um mundo melhor, com seres humanos mais sensíveis e melhores. 

  O grau de hipocrisia é absurdo. As pessoas vivem um bem que foge a tudo que imagino. O bem transcende as fronteiras do dinheiro, é ter a capacidade de ouvir, de ter lealdade, de nunca deixar um irmão ficar só em meio aos desertos da vida, é dar carinho quando todos se foram, é muitas vezes ouvir sem proferir opiniões. Claro, porque muitos estão tão ávidos de ser ouvidos e de desabafar que se dispensa que o interlocutor profira alguma palavra. Fica a pergunta, quem tem feito isso? Muitas pessoas querem ser ouvidas e não ouvem, querem ser bem tratadas e não tratam bem o seu próximo, muitos querem ser servidos e não servem os outros, muitos querem que lhe abram a porta e não são capazes de abrirem sequer a principal porta que é a do coração, muitos falam professar uma religião e na hora da verdade, o da religião mais criticada é que faz o bem, muitos anseiam a paz e quando entram em um elevador nem olham para os que estão ao lado e nem um bom dia possuem a coragem de dar. Ora! Quantas contradições o que só vem a confirmar a grande hipocrisia na qual, muitos estão imersos por conta da tamanha cegueira e ignorância. Tudo seria mais simples se ao invés de falar se fizesse e ao invés de querer algo em troca, fosse praticado cada vez mais, o verdadeiro bem. Infelizmente, a realidade é cruel. Seja nas religiões ou em outros contextos, o que vejo é um descaramento de muitos que possuí a coragem de abrir a boca para se promover em cima do que fizeram. Sem falar os que põem uma bíblia embaixo do braço, no intuito de se promoverem. Parecem santos e portam-se como em rito litúrgico, mas em contrapartida são como bem reza um dito popular: verdadeiros "lobos em pele de cordeiro". Precisamos falar abertamente sobre os fatos, sem mascará-los, sem querer passar uma coisa que não existe. Quantas são as pessoas que dizem fazer o bem e por verem o seu próximo em pleno estado de vulnerabilidade aproveitam-se da situação e com uma pseudo proposta de ajuda, sugam o resto de energia que a mesma tem, ou seja, que bem é esse? Verdadeiros parasitas. Portanto caros leitores, a hipocrisia está muito presente nas religiões e enraizadas nas práticas faláciosas de pessoas que só sabem tirar proveito das demais. Verdadeiros oportunistas. Isto precisa mudar. 

  Em síntese, o bem precisa voltar a sua essência e ser praticado de fato e não ficar no campo das palavras. Meu lema é: "Quem precisa tem pressa". Reflitam e tenham um excelente dia!!!




João Luciano Silva da Costa.




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